De facto, ao longo da época tornou-se claro que essa decisão me permitiu dispor do tempo necessário para estudar e para poder treinar 4 a 5 vezes por semana e, muitas vezes, jogar ao sábado pelos Iniciados e ao domingo pelos Juvenis.
O facto de, apesar de ter o tempo demasiado ocupado, me ter sido possível "dar conta do recado" na escola e no clube, permitiu-me contar sempre com o apoio dos meus pais, mesmo naqueles momentos em que, a par com os testes na escola, se sucederam as fases concentradas, com muita fadiga acumulada e várias noites seguidas mal dormidas.
Como já referi, a minha época começou ainda em finais de Agosto, com um período de adaptação à nova realidade e às particularidades do meu novo clube, adaptação esta que decorreu de forma perfeitamente natural, já que o grupo em que fui integrado era constituído essencialmente por atletas de quem já era amigo e que possuem grandes qualidades desportivas e humanas.
Para mim, de certa forma, foi de um "regresso a casa" que se tratou... e os meus novos companheiros, directores e treinadores, fizeram-me sentir que fazia parte do grupo desde o primeiro momento.
Apesar de o ambiente ter sido sempre tão bom e de a época ter sido recheada de muitos sucessos na Escola e no Clube, nem sempre foi fácil manter as coisas equilibradas.
Embora lide habitualmente muito bem com a pressão, houve um período de tempo em que ponderei a possibilidade de deixar a prática do Andebol, pois senti que me estava a tomar demasiado tempo ao estudo e a outras coisas igualmente importantes para mim.
Foi uma fase difícil, em que não sentia motivação para jogar Andebol, e isso reflectiu-se significativamente no meu rendimento em campo, com as minhas percentagens de eficácia a baixarem drasticamente.
Criado o "ciclo vicioso" e com a auto-confiança em "queda livre", não estava mesmo a ser nada fácil conciliar o Andebol com o resto da minha vida...
Depois de termos tido uma conversa de "gente grande", por proposta dos meus treinadores, esta fase marcou o início da minha participação mais regular no treino e na competição pelo escalão de Juvenis.
A competição no Campeonato de Iniciados estava a ser mais fácil do que aquilo que desejávamos e a participação de alguns de nós na competição de Juvenis permitiu-nos evoluir física, técnica e tacticamente e, ao mesmo tempo, favoreceu a manutenção de níveis elevados de motivação.
Para mim foi fundamental ter podido contar com o apoio dos meus directores, treinadores e colegas de equipa e, felizmente, consegui dessa forma ultrapassar as minhas dúvidas e indecisões.
É claro que isso levou o seu tempo e que até estar tudo ultrapassado, foram os postes e a trave das balizas adversárias que foram alvo do meu infortúnio...
No que diz respeito à minha equipa de Iniciados, o primeiro momento marcante da época ocorreu, na minha opinião, durante a nossa participação no "VI Torneo Internacional de Balonmán Concello Carballo", que decorreu a 12 e 13 de Setembro de 2009.
Foi aí, logo no primeiro jogo, ao defrontarmos a equipa de Ademar Leon, constituída por atletas nascidos, tal como a maioria de nós, em 1995, que experimentamos o amargo sabor da derrota.
Sabiamos que os nossos adversários tinham sido Campeões de Espanha na época transacta e que este era apenas um jogo de preparação que não fazia parte do "nosso campeonato", mas o seu desenlace foi uma extraordinária lição de humildade para todos nós.
Tendo sido, entre todos os jogos oficiais e oficiosos que realizamos, a única derrota que sofremos em toda a época, foi mais do que suficiente para nos motivar para o treino empenhado nos meses que se seguiram.
Também não queríamos voltar a viver as emoções da derrota no que restava da nossa participação no Torneio de Concello Carballo e, por essa razão, "fizemos das tripas coração" e vencemos os restantes jogos, terminando a nossa participação no 3º posto da classificação geral, apesar de termos defrontado equipas constituídas por atletas mais velhos (nascidos em 1994).
Este terá sido um momento muito importante para a forma como passamos a encarar a época desportiva que tínhamos pela frente.
Relativamente à 1ª Fase do Campeonato Nacional de Iniciados, que terminamos no 1º lugar da classificação geral, só com vitórias, os momentos mais marcantes para o nosso futuro na competição aconteceram na nossa deslocação a Lamego, quando fomos defrontar a equipa do meu amigo Taveira.
O que já sabíamos das deslocações a Lamego permitia-nos antever um jogo difícil, quer considerando a qualidade da equipa da casa, quer considerando o grande "entusiasmo" e envolvimento do público local.
Por outro lado, tínhamos a consciência de que íamos defrontar uma equipa muito motivada e bem orientada e que sabia que se ganhasse o jogo ficaria muito bem colocada para atingir o 2º lugar da nossa Zona, ficando, ao relegar o Infesta FC para a 3ª posição, mais próxima do desejado apuramento para a 2ª Fase.
Foi um jogo muito atípico e, embora estivesse um frio de "rachar", o jogo "aqueceu" e bem.
Dois vermelhos directos e um por acumulação de exclusões, averbados aos nossos laterais e central de raiz, não foram o suficiente para perdermos o jogo, que acabaríamos por vencer pela "confortável" margem de 10 golos.
Este foi também um momento muito marcante e premonitório para o que restava da nossa temporada. Diz quem viu o jogo, e o modo como a minha equipa não o perdeu, que o nosso treinador nesse dia "ganhou uma equipa".
De facto, foi nesse dia que tomamos consciência de que cada um de nós era realmente importante como parte da solução para ultrapassarmos as contrariedades que nos atravessassem pela frente.
Os que permaneceram em campo assumiram o jogo sem cederem à pressão e acabamos todos a festejar o mérito da nossa vitória abraçados aos nossos companheiros que tinham sido sacrificados ao longo do jogo e com a certeza de que unidos éramos mesmo muito fortes.
Ainda decorria a 1ª Fase do Campeonato de Iniciados quando tive a felicidade de ser convocado para o estágio da Selecção Nacional Juniores C que decorreu na cidade de Fafe e incluiu a participação no Torneio Internacional Cidade de Fafe.
Apesar de a nossa participação no Torneio se ter saldado em duas derrotas em três jogos realizados, o que nos deixou muito insatisfeitos, a verdade é que foi muito bom ter tido a oportunidade de reencontrar os meus companheiros, bem como ter tido a oportunidade de marcar o meu primeiro golo oficial ao serviço da Selecção Nacional.
A equipa de Juvenis do ABC de Braga, tendo ganho de forma clara os dois primeiros jogos que efectuou, no último jogo esteve a vencer a forte Selecção Galega até poucos minutos do seu fim, tendo acabado por obter um brilhante 2º lugar no Torneio.
Depois desta experiência, regressei aos trabalhos com a minha equipa de Iniciados, determinado a continuar a treinar tão bem quanto possível para continuar a evoluir como jogador de Andebol.
Foi com optimismo que abordamos a nossa participação na 2ª Fase do Campeonato de Iniciados, apesar de sabermos que íamos ter que defrontar duas equipas que, tal como nós, tinham vencido todos os jogos que haviam disputado até então, a do Sporting Clube de Espinho e a do GD Colégio dos Carvalhos.
Relativamente à equipa de Espinho, sabíamos que a mesma era constituída basicamente por atletas que em 2007/2008 tinham sido Campeões Nacionais de Infantis e que alguns deles tinham experiência adquirida também nas Selecções Nacionais.
Quanto à equipa do GD Colégio dos Carvalhos, sabíamos que ela tinha sido reforçada com alguns jogadores de excelente qualidade que na época anterior faziam parte da equipa Vice-Campeã Nacional, o FC do Porto, e que os seus técnicos eram experientes e trabalhavam com muita seriedade e profissionalismo as suas equipas.
Também sabíamos que tínhamos sido observados durante o nosso jogo da 2ª volta frente ao AC Lamego e que, portanto, não seriamos um adversário "desconhecido" para o Colégio dos Carvalhos, o que, para não sermos surpreendidos, nos responsabilizou ainda mais para as tarefas do treino.
Apesar do respeito que nos mereciam os nossos adversários, foi com muita consciência do nosso próprio valor que abordamos todos os jogos que com eles realizamos e, apesar de os jogos terem sido muito emotivos, foi de forma meritória e clara que os vencemos, quer em casa, quer fora.
Estávamos, quase todos, numa fase de grande motivação e confiança e isso permitia abordarmos os jogos de forma muito concentrada, tornando tudo mais fácil, mesmo frente aos adversários mais temíveis.
Foi após termos vencido todos os adversários mais complicados no jogo da 1ª volta da 2º fase que participamos no 10º Torneio de Andebol da Vila de Benavente.
As referências que tínhamos acerca deste Torneio eram as melhores.
Sabiamos também que a equipa de infantis da ADCB tinha disputado, na Póvoa de Lanhoso, a Fase Final do Campeonato Nacional de Infantis da época anterior, o que também diz muito sobre a qualidade e a paixão pelo Andebol das pessoas de Benavente.
Bem... a verdade é que os nossos treinadores da formação também nos disseram que este era um dos melhores torneios do país, senão o melhor, para os escalões de formação.
Foi com alguma ansiedade que nos deslocamos a Benavente para jogar este torneio pois, por um lado, praticamente nada conhecíamos dos nossos adversários (ADCB, FCP e SCP) e, por outro lado, não íamos poder jogar com a equipa habitual completa.
O Francisco Albuquerque (Central) estava numa visita de estudo. O Rui Rolo (Lateral Direito) e o Ricardo Costa (Pivot) estavam também em Benavente mas para jogar, na competição do escalão de Juvenis, pela Selecção Nacional Juniores D.
A verdade é que apesar das ausências, não poderia ter corrido melhor.
Vencemos os três jogos e ao Troféu de 1º classificado por equipas, juntamos os Troféus de Melhor Guarda-Redes (João Costa) e Melhor Jogador (Daniel Gomes) da competição do escalão de Iniciados.
Foi uma participação moralizadora e interessante em que os atletas presentes tiveram que assumir todas as "despesas" dos jogos.
Por outro lado, o Torneio possibilitou a emergência do talento de alguns dos meus companheiros que jogavam habitualmente na equipa B e que mostraram que são grande esperança para o futuro.
Também ficou claro que a equipa estava determinada a jogar com a mesma qualidade e ambição, pudesse ou não contar com todos os seus jogadores mais influentes.
No regresso a Braga, com a "moral em alta" mas com os "pés na terra", entre os festejos pelos resultados obtidos e os desejos de voltarmos a Benavente na próxima temporada, lá fomos perspectivando os desafios que ainda tínhamos pela frente a contarem para o Campeonato.
Tivemos ainda que vencer em casa a forte equipa do Colégio dos Carvalhos e de ir ao Pavilhão da Anta vencer o Sporting Clube de Espinho, bem como que realizar a sempre complicada deslocação a casa do Infesta FC.
Ainda decorria a 2ª fase do Campeonato quando participamos no Torneio Páscoa 2010, organizado pelo ABC e pela Associação de Andebol de Braga, que decorreu no Pavilhão Flávio Sá Leite, de 26 a 28 de Março.
Para além de termos conquistado o 1º lugar por equipas, apenas com vitórias no curriculum, o meu amigo Francisco Albuquerque viu reconhecidas as suas qualidades fantásticas, tendo arrebatado, com todo o mérito, o Troféu de Melhor Jogador do Torneio.
Penso que na generalidade estivemos todos muito bem nesta participação e que ela constituiu um excelente meio de preparação para o que restava do Campeonato.
Tivemos a oportunidade de, num jogo muito competitivo desde o seu início até ao seu final, defrontar a fantástica equipa do Atlético Clube de Sismaria, que, tal como nós, se conservava líder invicto do Campeonato na sua Zona.
Acabamos por vencer o jogo por 4 golos de diferença e, embora na minha opinião tenhamos estado um bocadinho melhor no jogo do que o nosso adversário, deu para termos consciência das suas fantásticas qualidades individuais e colectivas e para adivinhar que, lá mais para a frente no Campeonato, seriam um adversário seguramente muito difícil.
Entretanto, eu e alguns dos meus companheiros fomos fazendo alguns jogos muito interessantes pelos juvenis do ABC, jogos estes que para além de terem contribuído para a nossa formação como atletas, também nos permitiram constatar que temos companheiros com muitas qualidades em todos os escalões e equipas da formação, sempre prontos a apoiarem-nos e a ajudarem-nos a "crescer" como atletas, mesmo quando têm de concorrer connosco pela mesma posição em campo.
Foi neste enquadramento que eu e o Rui Rolo, ainda decorria a 2ª fase do Campeonato de Iniciados, tivemos a felicidade de participar na Fase Intermédia do Campeonato Nacional de Juvenis da 1ª divisão, que se realizou no Pavilhão da Gândara dos Olivais, em Leiria, tendo também dado o nosso contributo para a obtenção das três vitórias, em outros tantos jogos, que permitiram terminar esta Fase no 1º lugar, obtendo desta forma o consequente apuramento para a Fase Final.
Voltando ao Campeonato de Iniciados, foi com a "moral em alta" que vencemos todos jogos da 2ª Fase e carimbamos o acesso directo à 4ª Fase do Campeonato, ocupando o primeiro lugar da nossa Zona.
Entretanto, eu e alguns companheiros meus dos iniciados realizamos alguns jogos pelos Juvenis a contar para a 2ª Fase do Campeonato Nacional da 2ª divisão e contribuímos também para a brilhante obtenção do 1º lugar da classificação geral da nossa Zona, o qual deveria ter dado lugar à nossa participação na Fase Final deste Campeonato.
Tal não aconteceu por razões que não consigo entender.
O Campeonato de Juvenis da 1ª Divisão aproximava-se do "momento da verdade" e eu tive a felicidade de fazer parte do lote de atletas convocados para participarem na Fase Final do Campeonato Nacional de Juvenis da 1ª Divisão que se realizou no Pavilhão da Gândara, em Leiria, tendo desta forma obtido o meu primeiro Título de Campeão Nacional de Clubes, em representação do ABC de Braga.
Lamento profundamente que, fruto de estranhas vicissitudes, o meu companheiro Rui Rolo não tenha podido partilhar comigo essa experiência, mas tal não foi possível por razões que, tal como já referi, ultrapassam completamente a minha capacidade de entendimento.
Apesar de sermos o vencedor mais improvável, a garra e determinação dos meus companheiros de equipa conduziu a um resultado final que teve tanto de sofrido como de incontestável e merecido, ou seja, mais do que o que devia.
O meu companheiro André Azevedo, que joga na mesma posição que eu, ao contrário do que havia acontecido na Fase Intermédia, apresentou-se em grande forma e cheio de confiança nas suas enormes qualidades e realizou três jogos fantásticos, o que, considerando a elevada competitividade e equilíbrio presente em todos os jogos, me deixou com poucas possibilidades de entrar em campo para dar o meu contributo para à equipa.
Apesar desse facto, foi com grande entusiasmo que acompanhei e apoiei a prestação dos meus colegas de equipa e, no jogo que decidiu o Título, tive a felicidade de jogar os 3 minutos finais e de, a passe do meu companheiro Vasco Areias (que "foi um fixe"), marcar o golo que encerrou a contagem na nossa vitória categórica frente à equipa do Futebol Clube do Porto.
Foi uma experiência fantástica ter feito parte deste grupo de Campeões que fez história na modalidade ao conquistar de forma brilhante o 3º Título consecutivo no escalão de Juvenis para o ABC de Braga.
Conquistado este Título, voltei a treinar com os meus companheiros dos Iniciados para prepararmos a nossa participação na 4ª Fase do Campeonato Nacional.
Ainda não percebi muito bem porquê, mas a verdade é que a 4ª fase coincidiu, na minha opinião, com a fase da época em que vários de nós apresentaram menos qualidade competitiva e em que, globalmente, nos apresentamos em campo com menos determinação e "vontade" de vencer.
Felizmente a relativa apatia que alguns de nós acusamos, possivelmente como consequência do desgaste acumulado ao longo dos muitos treinos e jogos que realizamos pelos Iniciados e pelos Juvenis do nosso Clube, foi brilhantemente contrastada com o entusiasmo e a qualidade das prestações de alguns dos nossos companheiros que, com menos tempo de jogo pela equipa A, se entregaram de "corpo e alma" à competição e revelaram uma evolução extraordinária nos seus níveis de auto-confiança e nas suas capacidades de tomada de decisão.
Deste modo, pese embora a relativa falta de entusiasmo com que participamos na 4ª Fase do Campeonato de Iniciados, o saldo foi 100% positivo e foi, portanto, só com vitórias (normalmente folgadas) que acedemos à Fase Final deste Campeonato.
Aí sabíamos que iríamos reencontrar as equipas do Lagoa AC, do GD Colégio dos Carvalhos e do Atlético Clube de Sismaria, razão pela qual tínhamos consciência de que, para conseguirmos atingir os nossos objectivos, era urgente "sacudir" a apatia e continuar a treinar com muito empenhamento .
Embora a época já fosse longa e já tivéssemos tido a experiência de vencer todos os adversários que iríamos encontrar na Fase Final, sabíamos que as vitórias se conquistam dentro do campo, que não há dois jogos iguais e que os nossos adversários tinham muitas qualidades e estavam muito motivados para nos vencerem.
Eu sentia que nós estávamos colectiva e individualmente bem mas que atravessávamos uma fase de aparente estagnação da nossa evolução e receava que os nossos adversários pudessem estar ainda a evoluir até à Fase Final, o que, na minha opinião, se veio, de certa forma, a confirmar.
No primeiro jogo da Fase final defrontamos a equipa do Atlético Clube de Sismaria e não entramos bem no jogo ou, se calhar, em boa verdade, os nossos adversários entraram bem melhor.
Na primeira metade do jogo estivemos praticamente sempre a perder, tendo permitido aos nossos adversários irem dilatando o resultado praticamente até à entrada do 3º terço da 1ª parte.
Aí, conseguimos recuperar parte da diferença mas fomos para intervalo, julgo que pela primeira vez, a perder, tendo os nossos adversários tido todo o mérito por esse facto.
No início da 2ª parte, voltamos a entrar mal no jogo, acusando alguma pressão e nervosismo, tendo os nossos adversários conseguido levar de novo o marcador para a diferença de 5 golos de vantagem.
Apesar de os nossos adversários estarem moralizados pelo resultado que se registava e de não pararem de "carregar" sobre nós, tinha chegado a hora do "tudo ou nada" e esse facto fez com que a equipa se unisse e ultrapassa-se as situações de sub-rendimento que estavam a ser provocadas pela pressão do jogo e pelas qualidades dos nossos adversários.
Apesar das grandes dificuldades do jogo, acabamos por conseguir dar a volta ao resultado e, depois de termos estado a vencer por 4 golos de diferença a poucos minutos do fim, acabamos por fazer a gestão possível do tempo e do resultado e por vencer, com a vantagem de 2 golos, aquele que se revelou o jogo mais difícil que realizamos ao longo de todo o Campeonato.
A despeito do muito que foi dito, é minha opinião que o resultado poderia ter caído para qualquer um dos lados, mas a verdade é que nunca "cruzamos os braços" e "crescemos" na parte final do jogo, conseguindo, com mérito próprio e exclusivo, vencer um adversário de enorme qualidade, facto que nos deixou especialmente satisfeitos.
Na 2ª jornada defrontamos a equipa do Lagoa AC, que já tínhamos vencido na 4ª fase.
Este facto, aliado ao historial da equipa ao longo do Campeonato e à impossibilidade, por lesão, de contarem com o contributo do Patrick Vieira (Lateral Direito), parecia indiciar que este seria para nós o jogo mais "fácil" da Fase Final.
De certa forma assim foi, pois, apesar de os nossos adversários nunca terem dado parte de fracos, a nossa possibilidade de vitória nunca esteve em causa e, apesar das mexidas profundas e sistemáticas na estrutura da equipa, acabamos por vencer o jogo por margem confortável.
O facto de o nosso treinador, ao contrário do jogo da véspera, ter "rodado" jogadores teve, na minha opinião, para além de outros, dois méritos: por um lado, pouparam-se algumas energias aos atletas mais utilizados para encararem tão bem quanto possível o jogo que no dia seguinte iria provavelmente decidir o Título e, por outro lado, foi dado ritmo e confiança aos jogadores habitualmente menos utilizados e que no dia seguinte poderiam ser chamados a dar o seu contributo para o sucesso da equipa.
Assim foi. Na última jornada defrontamos a equipa do GD Colégio dos Carvalhos e, tendo entrado bem no jogo, apesar deste se ter pautado pelo equilíbrio, conseguimos ir para intervalo a vencer por 2 golos de diferença.
No início da segunda parte, apesar da excelente condição física dos nossos adversários, o jogo de véspera deve-lhes ter "pesado" mais nas pernas do que pesou nas nossas e a nossa "entrada em força" permitiu-nos marcar 5 golos sem resposta, o que levou o marcador para a diferença de 7 golos.
Os nossos adversários não "desarmaram" e continuaram a "dar muita luta" mas, como diz o povo, "candeia que vai à frente alumia duas vezes" e a margem relativamente "confortável" que obtivemos no marcador, permitiu ao nosso treinador tirar partido das qualidades dos meus companheiros de equipa, que entraram muito bem no jogo, com muita atitude e ambição.
Jogamos todos o último jogo da Fase Final e, na minha opinião, jogamos todos com uma excelente postura competitiva, tendo, apesar das qualidades fantásticas dos nossos adversários, sido mais unidos e mais equipa e, também por isso, merecedores do resultado final e do Título Nacional que o mesmo nos permitiu alcançar.
Desta forma, somei, orgulhosamente, o meu segundo Título Nacional de Clubes, desta feita pela equipa do meu escalão, o de Iniciados.
O prolongado encerramento da época contou, para além dos convívios e dos almoços e jantares, com a gratificante convocatória para participar no estágio Final da Selecção Nacional de Juniores C que se realizou em Rio Maior de 5 a 11 de Julho.
Apesar de ser já fim de temporada e estar um pouco sobrecarregado pela época que realizei, o estágio correu-me bem e, para além de ter tido o prazer de me sentir acompanhado pelo Daniel Gomes, Lateral Esquerdo da minha equipa de Iniciados do ABC, gostei também muito de rever alguns dos meus companheiros de Selecção.
Também foi interessante ter partilhado no estágio esforços e motivações com alguns daqueles que foram meus adversários ao longo da época.
Espero reencontra-los em breve na Selecção e no Clube.
Feito o balanço da época de 2009/2010, há que orientar o olhar para o futuro pois ele reserva-nos novos e estimulantes desafios.
Não posso, no entanto, deixar de agradecer a todos os atletas do ABC com que fiz equipa ao longo desta época pelo grande companheirismo que revelaram e por terem partilhado comigo tantos sucessos desportivos.
Quero também agradecer aos pais e directores que nos apoiaram e que estiveram sempre presentes e unidos em torno das legitimas motivações e interesses das equipas da formação do meu Clube.
Agradeço também a todos os treinadores da formação pelo muito que contribuíram para os nossos sucessos colectivos e individuais. A título particular, agradeço o apoio e estímulo que me proporcionaram na minha fase do "apagão", bem como as oportunidades que me proporcionaram de treinar e participar em competição ao melhor nível.
Estou também grato aos treinadores da Selecção Nacional de Juniores C por me terem convocado para estágio e por me terem proporcionado mais uma boa dose de treino de excelente qualidade.
Bem, para já o Andebol vai ficar temporariamente em "repouso" mas eu vou ter que me manter activo.
Vou aproveitar para namorar, para fazer praia e para dar início à minha "temporada de Surf".
Obrigado a todos e até breve.
Boas férias!
Olá a todos os meus amigos que me têm visitado e que têm "dado de caras" com a minha última mensagem. Tudo bem?
