quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A Andar Para Trás

Aqui pela minha região o povo costuma dizer, claro que numa linguagem mais "popular", que "para trás, "faz xixi" a burra" ou, como dizem na aldeia piscatória do meu avô Viana, que "para trás, anda o caranguejo".
Pondo de lado a sabedoria popular e as suas ligações à zoologia, a verdade é que parece que no último fim-de-semana a minha equipa andou para trás nos níveis de concentração e auto-confiança.
Fomos a Fermentões defrontar a equipa local que, sabiamos de antemão, é muito aguerrida nos jogos que realiza no seu recinto, e não fomos capazes de colocar em campo todas as nossas qualidades, acabando por cometer muitas falhas técnicas em fases importantes do jogo, o que acabou por nos colocar na situação de, a apenas 2 segundos do final do encontro, estarmos a perder por 25-26.
Bem sei que a bola ainda "queima" as mãos de alguns dos meus companheiros que têm mais qualidade do que experiência e que não foram capazes de se soltar e jogar aquilo que sabem mas, como diria um conhecido humorista, "não havia neceesssidade".
Pese embora o resultado não nos tenha agradado minimamente, penso que o "abanão" nos vai fazer "acordar" a todos e nos vai relembrar que é preciso dar tudo em campo para se alcançar o sucesso.
Espero que todos sejamos capazes de redobrar os nossos esforços no treino e que com isso melhoremos também a capacidade de entrega e concentração nos jogos que temos pela frente.
Está na hora de cada um de nós perceber que "só faz falta quem cá está" e de assumirmos os jogos, saindo de trás das "sombras" que nos protegiam. Cada um de nós tem muito mais para dar à equipa e ao sucesso colectivo do que aquilo que tem dado.
O sucesso colectivo, como é óbvio, só se pode alcançar colectivamente, com muita solidariedade e sentido de grupo e para isso temos todos que contribuir individualmente.
Embora tenhamos empatado a 2 segundos do fim, numa jogada de inspiração do momento, a verdade é que, por ingenuidade e/ou nervosismo, cometemos muitas falhas, as quais não são minimamente disfarçadas pelo engenho e arte com que conquistamos o empate ao terminar o encontro.
De facto, não fosse o rol quase interminável de disparates que fizemos e teríamos, apesar das qualidades dos nossos adversários, ganho o jogo sem dificuldades de maior.
É, no entanto, preciso fazer-se justiça. Os nossos adversários de Fermentões apresentaram-se em campo com uma equipa mais "equilibrada" do que a nossa, particularmente a nível emocional, e nunca cruzaram os braços, nunca desistiram, o que quase lhes permitia terminarem o encontro em festa. Não aconteceu e, com todo o respeito, se depender de nós, claro que espero que não aconteça para a próxima.
Para a historia do jogo fica o facto de os nossos adversários terem acabado por nos consentir o empate, o que, embora não nos satisfaça, salvou o nosso ego de lidar com a suprema frustração que seria perdermos um jogo que esteve sempre ao nosso alcance vencer.
Pese embora não tenhamos jogado bem, o jogo foi uma experiência competitiva muito interessante, pois revelou algumas das nossas fragilidades, e estou convencido que nos vai fazer crescer como equipa.
No próximo dia 13 de Novembro, que espero que seja para nós um dia de sorte, vamos ao recinto do Alavarium para realizar o jogo da 6ª Jornada e espero, depois disso, vir cá para vos dar conta do quanto a minha equipa evoluiu e amadureceu até lá.
Fiquem bem.

Sem comentários: