
Ontem fomos jogar com o Sporting Clube de Espinho no Pavilhão Municipal de Anta e, embora não tenhamos dado nenhuma "escorregadela" no nosso percurso vitorioso, a verdade é que passamos o jogo literalmente a escorregar e a cair.
Foi quase um milagre ninguém da minha equipa ter-se magoado seriamente, pois o piso do Pavilhão Municipal da Anta revelou-se muito escorregadio e perigoso para a prática do Andebol.
A despeito da afirmação do treinador dos nossos adversários de que só nós é que caíamos ao chão, a verdade é que a dupla de árbitros colocou, por várias vezes, a possibilidade de interromper e adiar o jogo por falta de condições de segurança.
O jogo não foi adiado mas esteve interrompido por cerca de 10 minutos, com toda a iluminação ligada para aquecer o ambiente e secar a humidade do piso, tendo depois prosseguido até ao seu final.
Eu até que nem sou de intrigas, mas tenho uma teoria para explicar porque é que só nós escorregávamos no piso do Pavilhão, teoria esta que é substancialmente diferente da que era gritada da bancada pelo público local.
Não. Não era por "medo" do adversário.
Também não era por falta de qualidade das nossas sapatilhas.
Nem tão pouco porque estávamos a fazer "fitas" ou porque seria conveniente para nós que o jogo não prosseguisse até ao fim.
Atendendo ao ruído característico dos seus passos, a menos que muito me engane ou sofra de alucinações auditivas, a verdade é que os nossos adversários, porque treinam nesse Pavilhão, entraram no jogo em "vantagem" pois sabiam muito bem o que iam encontrar e tinham as sapatilhas convenientemente guarnecidas da mesma qualidade de resina que utilizaram para aumentarem a aderência das mãos à bola.
Vários jogadores da nossa equipa cairam ao chão, magoaram-se e falharam as suas acções de jogo, muitas vezes violando a regra dos apoios e perdendo assim a posse de bola, mas mesmo assim, demonstramos que somos, a cada dia que passa, mais equipa e que não desistimos perante as contrariedades que nos colocam pela frente.
Apesar de eu me ter magoado dolorosamente numa coxa como consequência de uma queda violenta que sofri e que me afastou do jogo ainda a meio da 1ª parte, registo a lealdade e fairplay que os nossos adversários manifestaram ao longo de todo o jogo.
No entanto, embora sejamos amigos de vários dos nossos adversários, foi com muita satisfação que assisti ao desempenho dos meus colegas de equipa que, com muita calma e ponderação, geriram todas as adversidades colocadas pelas condições do Pavilhão e venceram de forma segura por 30-36.
Mais uma vez o nosso treinador deu tempo de jogo a todos os jogadores da equipa e mais uma vez ficou claro que na nossa equipa não há titulares e suplentes mas sim um conjunto de atletas que gostam de assumir a responsabilidade do jogo com atitude e "garra" e que estão sempre disponíveis para darem o seu melhor contributo para o sucesso colectivo.
Para além do sucesso dos resultados que temos conseguido realizar e da amizade que nos une, é também por esse facto que é tão bom fazer parte deste grupo de trabalho.
Sabemos que se um de nós não estiver disponível haverá quem dê conta do recado e continue a lutar de alma e coração pelos objectivos da equipa.
Boa rapazes!
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